domingo, 21 de outubro de 2012

RAÇÃO MAIS CARA GRAÇAS AO GOVERNO DO PT


Eles consideram que os alimentos (RAÇÃO) para cães e gatos são destinados a um público com alto poder aquisitivo, que opta pelo fornecimento de tais alimentos, em vez de utilizar formas mais básicas de nutrição.
IPI_racao (1)
A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que, nas rações para cães e gatos em embalagens com mais de dez quilos, incide alíquota de 10% relativa ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O entendimento vai ao encontro do que sustentou a Fazenda Nacional em recurso contra decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que havia fixado alíquota zero sobre tais produtos.
A controvérsia girou em torno do correto enquadramento do produto na Tabela do IPI, com vistas à definição da alíquota a ser empregada na operação de industrialização — se genérica ou específica.
Na tabela, há o item Alimentos para cães e gatos, acondicionados para venda a retalho e o item Preparação destinada a fornecer ao animal a totalidade dos elementos nutritivos necessários para uma alimentação diária racional e equilibrada – alimentos compostos completos.
O voto vencedor foi do ministro Benedito Gonçalves, para quem os alimentos para cães e gatos, acondicionados para venda a retalho, têm enquadramento próprio na Tabela do IPI, “razão pela qual é inadequada a sua inclusão em código genérico [outros], de caráter residual”. O ministro explicou que a diferenciação entre os itens da tabela leva em consideração o princípio da seletividade: os alimentos para cães e gatos são destinados a público com alto poder aquisitivo, que opta pelo fornecimento de tais alimentos, em vez de utilizar formas mais básicas de nutrição.
IPI_racao (4)IPI_racao (2)
Para reforçar o entendimento, o ministro destacou que o código dos alimentos compostos para outros animais refere-se a produtos mais essenciais, pois se destinam à alimentação de animais como bovinos, equinos e aves, os quais, em geral, servem à produção de renda para trabalhadores rurais e ainda à alimentação da população.
O ministro Benedito ainda ponderou que “o enquadramento das rações para cães e gatos no tópico das rações completas terminaria por ‘esvaziar’ o item referente às rações para cães e gatos vendidas em retalho, pois não sobrariam produtos significativos a serem enquadrados em tal categoria”. Acompanharam esse entendimento os ministros Teori Zavascki, que foi indicado recentemente para o Supremo Tribunal Federal na vaga de Cezar Peluso, e Arnaldo Esteves Lima.
IPI_racao (3)IPI_racao (5)
O relator do caso, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, foi voto vencido. Ele manteve o entendimento do TRF-4. Para o relator, o fato de o produto suprir as necessidades nutricionais dos cães e gatos possibilitaria o enquadramento em "Preparação destinada a fornecer ao animal a totalidade dos elementos nutritivos necessários para uma alimentação diária racional e equilibrada – alimentos compostos completos", por conter descrição específica, pois se refere a produto cuja composição lhe atribui característica essencial: a de ser composto completo.

sábado, 20 de outubro de 2012

Rinotraqueíte felina



Oi gente…..voltando…..e hoje vamos falar dos felinos…..os gateiros de plantão sorriem =) …..rsrsr….
Hoje meu Gatinho Pitoco amanheceu espirrando e levei para o veterinário e resultado: RINOTRAQUEÍTE.
Seu quadro é leve devido a preocupação que temos com relação a VACINAS.
Falando sobre o ASSUNTO:
A rinotraqueíte é uma doença aguda que se caracteriza por espirros, febres, rinite, conjutivite e ceratite.É encontrada facilmente em ambientes domésticos ou criações com muitos gatos.
Afeta felídeos domésticos e selvagens, acomete animais de todas as idades; principalmente os filhotes.
No início notamos espirros e secreção ocular. O gatinho pode deixar de comer devido a febre alta, desconforto e dificuldade de cheirar. Pode ter conjutivite e úlcera de córnea.
Pq acontece?
  • Falta de vacinação
  • Instalações com mtos gatos, ventilação deficiente, má higiene, má nutrição ou estresse físico e/ou psicológico
  • Doença que baixe a imunidade
É uma doença comum entre os gatos, e deve ser tratada. Leve seu gatinho ao médico veterinário de sua confiança. Ele pode te orientar sobre a medicação e os cuidados que devem ser tomados.
A prevenção é feita com vacinação rotineira (vacine com 8 a 10 semanas de vida), desinfecção do gatil e evitar superlotação de animais.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Acne Felina


A acne nos gatos passa despercebida por grande parte dos proprietários e veterinários também. Demorou um bom tempo até que eu descobrisse o nome da doença.  Aqui na minha cidade o Arthur usou vários paliativos antes de conseguirmos uma veterinária especialista em dermato para conseguir tratá-lo com eficácia. Antes disso só soube da doença após pesquisar em sites de outros países. 

As glândulas sebáceas nos mamíferos secretam óleos que lubrificam a pele, evitando irritações e ressecamento. Essas glândulas são encontradas no dorso, pálpebras, queixo, base da cauda e lábios, conectadas aos folículos capilares.Elas também são responsáveis pelas marcações de território dos gatos, explicando os motivos que eles esfregam costumeiramente o rosto e o queixo nos objetos e com o tempo é possível observar manchas oleosas onde os animais se esfregam. 

Quando estes folículos se entopem de impurezas se transformam em cravos pretos. Quando estes inflamam e se tornam infeccionados, com pus, é neste estágio que começam a irritar o gato, fazendo com que se cocem e comecem a se machucar, às vezes, seriamente. Infecções oportunistas mais sérias também podem aparecer por estes ferimentos, especialmente em gatos não-castrados que têm acesso à rua ( vários gatinhos dos Felinos Urbanos apresentam acne felina em diversos estágios )

acne felina em estágio inicial ( Felino Urbano  #16 )
acne felina em estágio mediano ( Felina Urbana #1 )
acne felina em estado grave 

Apesar de não ter causas definidas, sabemos que a acne está ligada à higiene, pode aparecer por mudanças climáticas, stress e outras alterações no sistema imunológico do animal. 

O melhor modo de evitar a doença é examinar frequentemente o queixo e mucosas do gatinho, procurando por pontos de "sujeira" . Limpar a área com água morna em um algodão ajuda, mas apenas nos casos bem iniciais da doença. Se os cravos forem numerosos e espalhados, é hora de procurar um veterinário especialista antes que se tornem infeccionados. 

Potes de plástico devem ser evitados, são uma das principais razões para o aparecimento da acne felina. 
O plástico, com o uso contínuo, vai se deteriorando e mesmo em espaços microscópicos, bactérias e sujeira se acumulam. Alguns estudos também indicam que há animais alérgicos ao plástico.

Recomendo potes de inox ou de melamina, tanto para cães e gatos, pela qualidade do material e também pela facilidade da limpeza. É necessário lavar os comedouros e bebedouros pelo menos uma vez por dia, com sabão. 

Escaldar os pratos também aumenta a higienização dos mesmos. 
Aqui escaldo os potinhos do Arthur toda semana, ou no minimo de 15 em 15 dias. 

comedouro de melamina do Arthur 
Comedouros e bebedouros desses materiais não são caros e duram bastante, um ótimo investimento na saúde do gatinho :) 

Desde o tratamento com a Dra.Jackeline Rodrigues ( muito obrigada! ) o Arthur nunca mais teve uma recaída, mas também faço a minha parte para garantir que a doença não volte. 

É importante frisar que a acne felina não é "frescura". Apesar de não ser fatal, é uma doença dermatológica, chata, incomoda o animal, precisa de atenção e manejo constantes para evitar recaídas e piora. 

E não atinge somente gatos, cães também são afetados.

acne severa em filhote

Acredito que não custa nada um cuidado extra para manter o seu bichinho confortável :) 

Para saber mais:



terça-feira, 16 de outubro de 2012

O que você precisa saber antes de escolher a ração do seu gatinho?

A escolha e qualidade das rações oferecidas aos nossos felinos é um tópico recorrente em conversas e comunidades para gateiros pela internet. 

Infelizmente, comparando com o resto do mundo, as rações brasileiras estão em patamar inferior e somente agora o mercado está oferecendo mais opções. 

Neste post vamos ajudar você a escolher uma boa ração para o seu gatinho e explicar cada detalhe que devemos estar atento para a alimentação de nossos felinos.

Sempre oriento que as pessoas escolham rações em comércios especializados para animais de estimação ( como petshops ) e evitem rações populares, vendidas em sacos abertos em portas de mercado ( que estão constantemente expostas à fezes e urina de ratos, baratas e outros insetos, além da poluição e desgaste maior pelo contato com o ar ), rações com preços muito reduzidos ou que estejam disponíveis em supermercados, como a Whiskas, Friskies, Top Cat, etc. 

1- CUSTO X BENEFICIO 

Muitos donos de gatos, quando sugerimos a troca de ração, logo respondem que não é necessário pois o gato "come com vontade" a ração antiga, etc. Mas isso tem um motivo. As rações de supermercado possuem ingredientes de qualidade inferior e o animal precisa comer mais e mais vezes durante o dia para se manter saciado. Ou seja, você acaba comprando mais ração em um período de tempo mais curto e, consequentemente, gastando mais. 

As rações premium, por possuírem maiores níveis nutricionais, acabam saciando o animal com menores porções, ou seja, a ração dura mais tempo e seu animal fica melhor nutrido com o seu investimento inicial. 

2-  CORANTES

Vermelho para ilustrar carnes, verde para "legumes", entre outras cores artificiais que apenas trazem malefícios. 

Problemas urinários são comuns em gatos, como insuficiência renal, cálculos na bexiga, rins e, nos machos, cálculos na uretra. Ainda não há um motivo especifico para a síndrome urológica felina, mas sabe-se que rações cheias de corante e sódio ( sal ) podem aumentar as chances de doenças urinárias. 

Rações coloridas também podem desencadear alergias alimentares, que passam despercebidas até se tornarem graves, com o gato arrancando tufos de pêlo por lambeduras ou mordidas ou perdendo pedaços inteiros de pelagem. Outros sintomas de alergia alimentar são, diarreia ( ou fezes sempre moles ) e vômitos. 

uma porção de friskies perigosamente colorida

PROPLAN, ROYAL CANIN, GOLDEN e NATURAL são alguns exemplos de rações de qualidade superior e que trazem grãos amarronzados, ou seja, mesmo que haja uma certa dose de corantes, é bem menor do que marcas mais populares que tornam o produto atrativo - para os donos - através da excessiva coloração artificial do mesmo. 

3- NÍVEIS DE PROTEÍNA E UMIDADE

Uma ração de qualidade tem níveis de proteína acima de 28% e de gordura acima de 14%. 

Isso porque a proteína é a base da alimentação de um animal carnívoro, como o gato. Ela serve de base para a construção de ossos, músculos, estruturas nervosas etc. A gordura é a fonte de energia. Ao contrário do que se pensa, os gatos digerem a gordura muito bem e ela deixa a ração muito palatável. Mas cuidado, uma ração muito gordurosa pode levar a sobrepeso.

A água é o mais importante de todos. É difícil de lembrar dela na hora de escolher uma ração, mas devemos ter em mente que todos os felinos obtém a maior parte da água que o seu organismo precisa através da comida. 

A ração seca está ligada com o aparecimento de cálculos e problemas urinários e renais. Adicionar ração úmida diariamente a alimentação do seu gato, incentivar o consumo de água e escolher uma ração com um bom nível de umidade e digestibilidade auxiliam no combate a esse tipo de problema.

4- QUANTIDADE DE GRÃOS ( MILHO, SOJA, ETC )

Gatos não conseguem processar grãos ou carboidratos. Eles existem na ração pois são baratos e "enchem linguiça" muito bem. 

Procure por rações que contém poucos carboidratos, além de não serem bem aproveitados pelo organismo estão associados também a problemas renais e são grandes causadores de alergia (milho e soja principalmente). 



Hoje no Brasil nós temos uma opção de ração "grain-free", que é a N&D Natural and Delicious da Farmina. Leia o rótulo da ração e opte por aquelas que tenham como primeiros ingredientes de fonte animal, como vísceras e carnes e fuja das que tem como primeiro ou segundo item um grão ou carboidrato.

5- BHA e BHT - ANTIOXIDANTES SINTÉTICOS 

Eles servem para retardar a oxidação, deteriorização, rancidez e descoloração decorrentes da autoxidação e fazem isso muito bem, porém, os mesmos elementos que preservam tão bem a ração do seu gato também podem afetar a sua saúde e esta caracteristica está associado ao aparecimento de cânceres e tumores, podem contribuir para a dificuldade de metabolizar os alimentos e também na mudanças no estado geral de saúde e comportamento. 

Evite alimentos que contenham esses produtos químicos. 




O Japão baniu seu uso completamente em 1958 e países como Romênia, Suécia, EUA e Austrália baniram seu uso em rações e alimentos infantis. Até o  McDonald's deixou de usá-lo em 1986.

Rações brasileiras que não utilizam esses conservantes são a NATURAL, da Guabi e a Proplan.

3- BELEZA E SAÚDE DA PELAGEM 

Pelagem mais farta, saudável e bonita são alguns dos resultados de uma ração adequada. Também é unanime os elogios quanto à redução de queda de pêlos em gatos que tem acesso à rações super premium. Algumas rações são extremamente gordurosas ( você pode sentir o cheiro forte e a gordura nas mãos ) e isso pode ocasionar alergias, seborreias, etc. 

4- FEZES E GASES

Animais alimentados com rações cheias de corante e de qualidade inferior geralmente apresentam flatulência e abdômen distendido por gases. Fezes com menor tamanho, firmes e com menor odor são resultado de uma melhor alimentação, já que a maior parte dos nutrientes oferecidos pela ração são aproveitadas pelo organismo. 

*****

Logico que existem casos em que o gato pode ter vivido por 15-20 anos, comendo ração de preços baixos, baixa qualidade, cheia de corantes e nunca ter tido nenhum problema, mas esses sortudos são exceções. 

Mesmo a melhor ração nunca será 100% segura ou benéfica para um animal carnívoro como cães e gatos. Rações, falando resumidamente, são feitas de restos de ossos e pedaços de carnes que não podem ser utilizadas em consumo humano - pela baixa qualidade - além de inúmeros aditivos químicos  As latas de patê - apesar de também serem industrializadas - ajudam muito na dieta e devem ser utilizadas, principalmente com gatos, sempre que possível. 

A cada dia mais e mais pais e mães de cães e gatos reclamam sobre os efeitos da alimentação industrializada para seus animais. 

Uma alternativa segura e saudável que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil é a Alimentação Natural, justamente pela insatisfação e problemas de saúde ( alguns deles crônicos ) de centenas de animais em relação à ração industrializada. 

Se você quiser saber mais sobre alimentação natural, visite:


Alimentação Natural para Pets - http://www.facebook.com/groups/109562202529256/

Cachorro Verde - cachorroverde.com.br 

- Agradecimentos inúmeros à Arissa Vasconcelo, mãe de gatos e cães, pela ajuda no post. Obrigada, querida :) - 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

CORRIMENTO NASAL EM FELINOS




Coriza ou corrimento nasal é a presença de secreção de qualquer aspecto (serosa, mucosa, catarral, sanguinolenta, etc) proveniente de uma ou ambas as narinas. È normalmente acompanhada de espirros que projetam a secreção para fora das narinas. Quando o corrimento nasal ocorre há mais de 30 dias ele é considerado crônico.Pode ser desencadeado por vários patógenos diferentes sendo portanto importante uma abordagem diagnóstica sistemática.
Geralmente, gatos acometidos sofrem episódios periódicos de espirros intensos, indicando doença na nasofaringe dorso caudal. Na maioria das vezes, o  corrimento nasal não indica necessariamente a presença de doença sistêmica,  exceto nos casos de infecções fúngicas ou neoplasia.
Os diagnósticos diferenciais incluem:
-Infecção viral - herpesvírus felino, calicivirus felino
-Infecção bacteriana - Pseudomonas, Proteus, Staphylococcus, Chlamydia, entre outros.
-Infecção por fungo - Cryptococcus, Sporothrix
-Neoplasia- adenocarcinoma, linfossarcoma, entre outros
-Parasitas - cuterebra
-Pólipos inflamatórios
-Corpo estranho
-Alergia alimentar
-Atopia
- Doença periodontal             
Os diagnósticos diferenciais primários incluem alguns fatores tais como idade do surgimento dos sintomas (gatos jovens sugerem doenças virais, bacterianas ou pólipos e gatos mais idosos sugerem neoplasias, sendo que as demais causas não estão relacionadas á idade). 
Radiografias devem ser obtidas em projeção lateral e ventro dorsal para visualização dos seios nasais onde normalmente se observa opacidade de um ou ambos os seios nasais  indicando presença de secreção. 
Cultura e citologia de secreção  deve ser coletada diretamente do foco através de punção do palato e aspiração do material. 
Outros exames incluem endoscopia (rinoscopia) e rinotomia (acesso cirúrgico da cavidade nasal). 
Pela minha experiência tenho observado que nos gatos de meia idade a patologia mais frequente é a presença crônica de secreção em seios nasais indicando sinusite e em gatos jovens doença do trato respiratório superior na maioria das vezes de origem viral. 
O tratamento dependerá da causa e o prognóstico depende do diagnóstico específico.

Dra MELISSA ORR MOSQUÉRA CRMV-SP 8412 Clínica médica e cirúrgica de felinos domésticos - POLICLINVET (19) 3213-0077 Av. José Pancetti 729- Jdm Aurélia - Campinas-SP

domingo, 14 de outubro de 2012

Razões que levam o seu gato a não utilizar a caixa de areia


Normalmente, desde pequenos, os gatos são bastante asseados e não fazem as suas necessidades noutro local a não ser na caixa de areia.
No entanto, por vezes pode acontecer que o gato faz as suas necessidades fora da caixa de areia. Não significa que o bichano não é asseado... As razões são diversas e podem indicar um problema passageiro ou algo mais sério.
Imagem retirada de: conscienciapet.blogspot.com
   1 – O GATO NÃO É CASTRADO

Gatos não castrados têm necessidade de marcar território por meio da urina. Os machos costumam marcar o seu território mais freqüentemente que as fêmeas e começam a fazê-lo por volta dos 8 meses de idade. A marcação de território pode ser estimulada pelo aparecimento de uma macho na zona, por exemplo. Mesmo que o gato não saia de casa, o animal pode conseguir ouvi-lo ou avistá-lo da janela. A marcação de território é mais frequente nas alturas do cio. As fêmeas pretendem atrair machos e os machos atrair fêmeas.
A urina utilizada para marcar o território geralmente é espalhada de forma diferente da urina que resulta de um “xixi” normal. Ao marcar o território, os gatos pretendem espalhar a urina o mais alto possível e numa extensão maior. Assim, as poças que encontra concentradas no chão não são, muito provavelmente, resultantes da marcação do território. Estas são geralmente feitas contra algo vertical e caso seja feito no chão é deixado um carreiro o mais extenso possível.
Assim, se o seu gatinho ou gatinha ainda não é castrado, está na altura de marcar a cirurgia, que resolve em média 90% destes casos. Contudo, a castração/esterilização deve ser feita antes deste comportamento aparecer para obter melhores resultados. O cheiro da urina do gato é bastante intenso e apesar de o gato já estar castrado, o cheiro no sofá pode atraí-lo e levá-lo a urinar no mesmo sítio. Caso castre/esterilize o animal, depois de este já ter começado a marcar o território, deverá ter o cuidado de remover qualquer cheiro a urina. Aplique cheiros ácidos, mas não tóxicos, na zona, como por exemplo sumo de laranja ou limão. Evite limpar a área com detergentes amoniacais, pois estes atraem os gatos levando-os a urinar!


2 – A CAIXA DE AREIA ESTÁ SUJA

Como já dissemos aqui, os gatos evitam usar uma caixinha de areia que está suja. As fezes devem ser retiradas, no mínimo, 1 vez por dia. Tente aumentar a frequência da limpeza da caixinha e veja se há algum resultado.

3 – A QUANTIDADE DE CAIXAS DE AREIA É INSUFICIENTE

Nem todos os gatos gostam de dividir a caixinha de areia. Os gatos são animais territoriais e já aceitam partilhar a casa com outro felino, mas na grande maioria dos casos não toleram partilhar a caixa de areia. As caixas devem estar em locais separados. Se colocar duas caixas seguidas, é, para os gatos, o mesmo que ter apenas uma. Se tem mais de um gato, experimente acrescentar uma outra caixinha, para verificar se é esse o problema.

4 - A CAIXA DE AREIA É INADEQUADA

Pode ser que a caixa de areia seja muito pequena para o seu gato, e ele se sente desconfortável nela. Gatos precisam de uma caixa em que haja espaço suficiente para girar e escavar. Invista numa caixa de areia maior.

Imagem retirada de: revista.penseimoveis.com.br
 
5 – O GRANULADO É INADEQUADO

Há gatos que detestam areias perfumadas. Outros gatos detestam sílica. Tente mudar o tipo de granulado que você usa, até encontrar um que agrade o seu bichano. Se pretende alterar o granulado, peça amostras para testar a reação do seu gato, ou compre primeiro as embalagens mais pequenas.

6 – A CAIXA DE AREIA ESTÁ NUM LOCAL BARULHENTO OU DE DIFÍCIL ACESSO

No estado selvagem, fazer as necessidades coloca os gatos numa situação de vulnerabilidade. Por este modo, o seu instinto leva-os a procurar locais resguardados e recatados para fazerem as suas necessidades.
Evite colocar a caixinha de areia ao lado da máquina de lavar roupa, ou ao lado de objetos que façam muito barulho e que possam assustar o seu gato quando ele estiver a fazer as necessidades. Além disso, nem todos os gatos gostam de subir ou descer escadas para fazer xixi. O local da caixa também não deve estar próximo de cheiros fortes considerados desagradáveis para os gatos.
Os gatos também são influenciados por más companhias, mas neste caso são os residentes de casa que o possam estar a bloquear o acesso à caixa de areia. Uma criança ou um outro gato ou cão podem estar incomodar o gato enquanto ele faz as suas necessidades ou incomodá-lo quando ele se dirige para a caixa. Observe o gato quando ele se dirige para a caixa de areia e observe se há algo no seu caminho.
Experimente mudar o local da caixinha de areia.

7 – A CAIXINHA DE AREIA ESTÁ MUITO PRÓXIMO DA COMIDA

Evite deixar as taças de comida e a caixinha de areia na mesma divisão. Se isso não for possível, coloque-os em paredes opostas, nunca lado a lado.

8 – O CHEIRO DOS PRODUTOS DE LIMPEZA ESTÁ MUITO FORTE

Gatos podem evitar a caixinha se sentirem nela o cheiro de desinfectantes ou de outros produtos de limpeza. Assim, não se esqueça de enxaguar bem a caixinha de areia, para retirar os vestígios dos produtos usados na lavagem.

9 – HOUVE ALGUMA MUDANÇA RECENTE NA ROTINA DA CASA

Os gatos são animais de rotina e entram facilmente em stress quando há mudanças significativas em casa. A mudança de hábitos deixa-os desorientados e podem mesmo ficar deprimidos. A chegada de um novo gato ou de uma nova pessoa na casa pode ser bastante stressante para o seu gatinho. Por estar nervoso, o gatinho pode fazer as necessidades fora do lugar.
Férias dos donos ou mudança dos hábitos de trabalho, passando menos tempo em casa, são outra forma de alterar a rotina dos gatos. Como animais sensíveis que são, convém prepará-los para a mudança.
Algo que os humanos não costumam equacionar quando o gato passa a urinar fora da caixa de areia é o barulho do exterior. Devido ao apurado sentido de audição, o gato é bastante sensível a barulhos vindos do interior ou exterior da casa. Obras na rua ou no apartamento/casa do lado podem colocar o gato em stress. A solução passa por movê-lo para a zona da casa com menos barulho e manter as janelas e portas fechadas para abafar o som.
Tente dar mais atenção ao seu bichano para tentar descobrir a origem do problema.

10 – O GATO ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE SAÚDE

Imagem retirada de: dicaspeludas.blogspot.com
Todas as alterações do padrão de comportamento dos gatos devem ser motivo de preocupação para os donos e razão suficiente para uma visita ao veterinário. Urinar fora da caixa de areia não é excepção. Como não podem falar, alguns gatinhos começam a fazer as necessidades fora do lugar para avisar os seus donos que estão a sentir dor ou que alguma coisa não vai bem. Existem vários problemas de saúde que podem estar associados à eliminação imprópria de urina.
Problemas no trato urinário podem provocar dor ao urinar e o gato vai associar essa dor à caixa de areia, local que costuma usar. Nós sabemos que o problema não é o local, mas o gato não o sabe e vai urinar pela casa até que encontre um local onde possa urinar sem dor. Assim que o gato for tratado, ele volta a usar a caixa de areia normalmente.
Um outro problema pode ser a incontinência nos gatos, que afeta sobretudo os animais idosos. Os gatos com este problema não conseguem controlar a urina e esvaziam a bexiga em qualquer sítio da casa. Espalhar várias caixas de areia pela casa ajuda a reduzir o número de “xixis” em locais impróprios. Nestes casos, pode ser necessário o uso de fraldas.
Por vezes, as caixas de areia estão colocadas em locais altos, acessíveis aos gatos a partir de um salto. Este salto tem um grau de dificuldade mínimo para os gatos saudáveis, mas para os gatos com problemas nas articulações, tais como artrite, os saltos são penosos. O gato deve ser acompanhado pelo veterinário, mas ajuda sempre colocar a caixa de areia ao nível do chão.
Diabetes, hipertiroidismo e outras doenças podem influenciar o sistema urinário do animal e afetar o seu comportamento. O excesso de urina pode fazer com que a caixa de areia fique mais rapidamente suja e o gato pode recusar-se a utilizá-la nestas circunstâncias. Tenha mais do que uma caixa de areia ou limpe-a mais freqüentemente. Mas o mais importante é despistar qualquer problema que possa estar a causar dor ou ameaçar a vida do animal.
Portanto, se você não conseguir identificar a causa do xixi fora do lugar, leve o seu gatinho a um veterinário e reporte o problema, para que ele possa verificar se está tudo bem com a saúde do seu bichano.

sábado, 13 de outubro de 2012

CNPq recebe até quinta-feira propostas sobre métodos alternativos ao uso de animais em pesquisas.



O  Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) está selecionando propostas para estruturação da Rede Nacional de Métodos Alternativos ao Uso de Animais em Pesquisas (Renama). O prazo para inscrições vai até quinta-feira (18).

A Renama foi criada em junho deste ano com o objetivo de atuar no desenvolvimento, na validação e na certificação de tecnologias e de métodos alternativos ao uso de animais para os testes de segurança e de eficácia de medicamentos e cosméticos. Outra atribuição da rede é promover maior integração de trabalhos e estudos colaborativos de grupos que atuam nessa área.

Pelo edital, estão previstos recursos no valor de R$ 1,1 milhão para propostas voltadas para as linhas temáticas: financiamento de pesquisas para implementação em laboratórios, desenvolvimento e validação de modelo de pele humana na forma de kits para testes de segurança e eficácia, e métodos alternativos ao uso de animais.

As propostas devem ser encaminhadas ao CNPq exclusivamente pela internet e acompanhadas de arquivo contendo o projeto. A chamada e o regulamento podem ser conferidos no site da instituição.

De acordo com o presidente da Federação Latino-Americana de Biofísica, Marcelo Morales, a criação e o fortalecimento do Renama são fundamentais para o avanço da substituição de animais em pesquisas, quando houver comprovação científica da eficácia do método alternativo.
Morales, que também é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), citou o exemplo de um método certificado internacionalmente para substituir os animais em testes de irritabilidade de pele. Esses kits, com estruturas celulares produzidas em cultura, são comercializados, mas o curto prazo de validade prejudica a importação pelo Brasil.

“O Brasil ainda não usa esse kit porque não conseguimos importar e usar durante o período de validade, que é apenas sete dias. Depois de ser enviado e passar por todos os trâmites da alfândega, o prazo já foi ultrapassado. É muito importante que tenhamos uma rede nacional que faça pesquisa com esses métodos alternativos e nos permita substituir sempre que possível”, avaliou.

Morales enfatiza, no entanto, que o uso de animais para fins científicos ainda será necessário por muito tempo.

“Neste momento, o Brasil dá os primeiros passos na proliferação desses métodos, mas ainda há uma necessidade muito grande dos animais para a ciência. Só vamos conseguir substituir em alguns casos. Ainda é desta forma [com uso dos animais] que vamos conseguir fazer novas metodologias para a produção de medicamentos e de vacinas não só para uso de seres humanos, mas também dos próprios animais”, explicou.

Ele lembrou que a legislação brasileira exige que todas as instituições em que são feitas pesquisas com o uso de animais tenham uma comissão de bioética responsável por garantir que não lhes seja causado sofrimento.

A representante no Brasil da organização Worldwide Events to End Animal Cruelty (Weeac), que defende o fim da crueldade contra animais, Patrícia El-Moor, vê com certo otimismo a iniciativa do governo brasileiro. Embora reconheça que a criação do Renama causa desconfiança entre ativistas que exigem uma resposta mais rápida e definitiva às suas demandas, ela acredita que a rede vai contribuir, de fato, para incentivar pesquisas de métodos substitutivos.

“Muitos ativistas defendem a libertação animal completa e imediata, mas eu acho que essa iniciativa, pelo menos, acaba com o argumento, de quem utiliza animais para fins didáticos ou em experiências científicas, que não há incentivo para o desenvolvimento de outros métodos. É um primeiro passo”, destacou.

ONG de Curitiba (PR) promove lançamento do livro “Bicho não é lixo”




"O livro foi elaborado especialmente para o público infantil. Nossa intenção é que as crianças, por meio do texto e das ilustrações, compreendam a estreita relação homem-animal. O objetivo principal da obra é a sensibilização do leitor para com os temas abordados: maus-tratos, guarda responsável e uso abusivo dos animais”, revela a autora. “Pelo caráter educativo do livro, os adultos se vêem colocados diante de uma dura realidade, à qual esperamos que reajam com atitudes de respeito aos seres vivos”, finaliza Karin.
O livro retrata de forma lúdica a interação entre os homens e os animais. A provocante história relata como muita gente ainda não entende que todos os seres vivos estão interligados e que precisam uns dos outros para a sobrevivência humana e a preservação do planeta. A obra, que já foi adaptada para o teatro, ainda visa motivar interessantes lições sobre a importância da vida.
O lançamento do livro “Bicho não é lixo” começa às 19h30, nas Livrarias Curitiba do ParkShopping Barigüi, com entrada gratuita.
Sobre a ONG Pense Bicho
A Organização sem fins lucrativos Pense Bicho tem cunho 100% educativo e social que alerta, informa e conscientiza o cidadão urbano em relação à guarda responsável de animais domésticos.
A Pense Bicho vê na educação, na mudança de valores e na interação saudável e ética entre homem, animal e meio-ambiente a resposta ao problema da violência. A ONG acredita na necessidade da educação permanente da sociedade. Os projetos buscam esclarecer causas e não consequências.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Proteção animal



Proteção é o ato ou efeito de proteger; amparo; abrigo; dedicação pessoal àquilo que dela precisa; auxílio. Privilégio ou favor, como forma de proteção.

Em primeiro lugar, é importante saber que protetores de animais são pessoas iguais a você. Eles trabalham, estudam, possuem família, filhos, quintal pequeno, moram em apartamento em alguns casos, mas decidiram arregaçar as mangas e fazer a diferença. Um dia desses, eu ouvi que “ser protetor de animais é um apostolado”, e isso significa você dedicar sua vida, seu tempo e seu dinheiro em uma causa que muito provavelmente “nunca” lhe trará nenhum retorno material. Consiste também em mudar seus hábitos alimentares (parar de consumir carne), hábitos de diversão (rodeios, vaquejadas, touradas, feiras de exposição, de exploração, de competição, etc.), hábitos de consumo (roupas de origem animal como casacos de pele, etc.), hábitos em geral.
O “protetor de animais” muda sua visão em relação à vida. Passa a respeitar toda forma de vida. Passa a lutar pela defesa dos direitos dos animais, pela castração, pela adoção, por leis mais rígidas e que os defendam, pela conscientização da população contra a exploração animal em todas as suas formas, contra o comércio de animais, etc.
Percebi que é impossível tirar todos os animais das ruas, mas os que necessitam, por estarem debilitados e com a vida em risco são resgatados. Graças a eles, muitos animais estão vivos e com uma qualidade de vida ótima, mas sempre em busca de adoção, doação, voluntários, ajuda de qualquer forma. Hoje temos as redes sociais como meio de comunicação e de pedidos de ajuda. Lá, podemos expor os casos, os animais, as necessidades e a partir dai os protetores conseguem ajuda.
Ninguém é obrigado a doar nada. Normalmente as pessoas se sensibilizam com alguns casos e ajudam com ração, produtos de limpeza, dinheiro, dentre outras coisas. Alguns até apadrinham animais pagando tratamento veterinário, medicamentos, exames, até mesmo internações. Porém, a partir do momento que um protetor de animais se desloca de sua casa, sabe-se lá para onde e em que situação, ele se torna tutor desse animal, e só faz a doação para quem ele achar apto a cuidar desse animal. Eu como médica veterinária, formada no Rio de Janeiro, Brasil, sou voluntária de um abrigo, e faço o que posso dentro das minhas possibilidades, além de ajudar outros protetores, como posso claro.
Aqui, no que diz respeito a tratamento, consigo fazer o pouco se transformar em muito, e a eutanásia praticamente não é utilizada, pois nós Brasileiros, lutamos até o fim pela vida. Os protetores conseguem trazer vida para quem já estava praticamente sem ela. Quando se fala em proteção animal, não posso deixar de citar a SUIPA (Sociedade União Internacional Protetora dos Animais). A SUIPA foi inaugurada em 1943. É a primeira associação de proteção ao animal do Estado do Rio de Janeiro e a segunda mais antiga do Brasil, e com prazer digo a vocês que fui estagiária lá e sei o sufoco que passam com excesso de animais, e a luta diária para fazer o melhor em todos os sentidos. São sempre mais abandonos que adoção, coisa que não é diferente nos abrigos aqui fora. Porém a SUIPA é uma ONG, e os abrigos aqui fora não são. É muita burocracia, e falta verba. Pedi então para um protetor de animais, expor o que ele sente, e como se sente:
Bom em primeiro lugar ninguém escolhe ser protetor. É simples, nascemos assim. Tem horas que eu penso que é um defeito, pois todo resgate que faço me bate dois tipos de sentimento, o primeiro é a necessidade salvar nosso anjo o mais rápido possível e o outro sentimento é como se eu perdesse um pouco da minha vida junto com a minha tristeza. Sabe, em relação a padrões de resgate, Não existe! Vida é vida, independente do animal, raça ou condições físicas naquele instante. O que sinto é uma obrigação de TER QUE FAZER ALGUMA COISA. Não me pergunte por que, pois não saberei responder. Os problemas que eu enfrento são as condições financeiras. Pois primeiro resgato e depois tento da melhor maneira salvá-lo. Graças a Deus estou tendo ajuda de amigos. Amigos que não conheço face a face, mas conheço a melhor parte deles que é o coração. A minha maior dificuldade é na adoção, pois consigo salvá-los, porém a maior parte são velhos e deficientes e as pessoas não querem adotá-los.
Eu, Izabela, acredito no amor. Acredito na caridade, Acredito na honestidade, e sempre que puder e Deus permitir, estarei ajudando quem precisa. Minha família me apoia, e sempre que preciso sempre tenho uma mão, ou uma pata estendida. Só gostaria mesmo de todo meu coração, que esses anjos chamados protetores, os verdadeiros protetores de animais, tivessem mais suporte, mais paz, menos críticas, mais doações e mais adoções.
*Izabela Berbert Fecher é médica veterinária no Rio de Janeiro.